26 de janeiro de 2015

Efetivo feminino ganha espaço no Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba.




Na data em que se comemora o Dia Estadual da Mulher Militar, nesta segunda-feira (26), as mulheres que compõem o efetivo do Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba (CBMPB) colecionam conquistas.

Hoje, elas somam 116 mulheres, representando 9% do total do quadro da corporação, que é de 1.262 militares. Também atuam nas mais diversas unidades operacionais do Estado, exercendo as mesmas funções que os homens, incluindo cargos de comando.

Entre elas, está a tenente coronel Jousilene Sales, que exerce a função de comandante do 2º Batalhão Bombeiro Militar, situado em Campina Grande. Atualmente, ela coordena uma equipe de aproximadamente 200 integrantes e é uma das veteranas da corporação. Ingressou no Curso de Formação de Oficiais do ano de 2000, o primeiro da Paraíba que abriu vagas para mulheres.

“Cerca de 15 anos depois, com certeza posso dizer que foram várias as conquistas, tanto profissionais, através do reconhecimento da capacidade da mulher, que ocupa hoje cargos anteriormente só exercidos pelos homens, como o apoio pessoal. Temos reconhecido o direito à licença maternidade, à amamentação, entre outros que ajudam a mulher a conciliar o trabalho e a família”, contou.

Valorização e benefícios – O comandante geral do Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba (CBMPB), coronel Jair Carneiro, lembrou da importância desta data como reconhecimento para todas as mulheres da corporação. “É um marco, é uma data que valoriza as mulheres militares, que nos últimos dez anos ingressaram de forma maciça nos Bombeiros”, citou, ao enfatizar que desde a formação o efetivo feminino tem tratamento idêntico ao masculino.

Entre eles, estão o aumento da licença maternidade de quatro para seis meses, o afastamento imediato da atividade operacional e transferência para o administrativo quando da descoberta da gestação e o apoio para a realização de exames e consultas pré-natal. Para as grávidas, também será facultada a participação em solenidades militares e, em caso de comparecimento, haverá a dispensa para entrar em forma com a tropa.

História – A inclusão da mulher dentro do quadro do Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba se deu gradativamente, sendo iniciada com a transferência para o Quartel do Comando Geral BM, em 1997, da então cabo Josinete, que era da Polícia Militar. Já a partir do ano 2000, outras mulheres da PM foram transferidas como a cabo Marta, a sargento Verônica e a sargento Josineide.

Ainda em 2000, foi iniciada a primeira turma de oficiais BM com vagas para mulheres, que formou as mais antigas oficias da corporação , a exemplo da tenente coronel Jousilene Sales e as majores Clécia Cabral e Sabrina Silva. No mesmo ano, foi realizado o curso de sargentos com a primeira aluna mulheres e, cinco anos mais tarde, foi aberto o Curso de Formação de Soldados pioneiro no quesito presença feminina. 

Desde então, o ingresso das mulheres se consolidou, com oferta anual de vagas no Curso de Formação de Oficiais e também oportunidades quando da abertura do Curso de Soldados (CFsD).


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