27 de março de 2015

Frente Parlamentar da Água identifica necessidade de outras intervenções nas obras da transposição além das que já estão sendo realizadas.


Falta o projeto para os 13 km de canal em Cajazeiras e os 3 km de canal em Monteiro e ainda a licitação do Lote 3 do canal Acauã-Araçagi.





Durante a visita ao canteiro de obras da transposição do Rio São Francisco no eixo leste, na divisa dos estados da Paraíba e Pernambuco, próximo ao município de Monteiro, realizada na manhã desta sexta-feira (27), os deputados que integram a Frente Parlamentar da Água puderam constatar que algumas questões específicas e fundamentais para a disponibilidade de água ainda não estão contempladas no projeto principal da obra. Essa mesma constatação foi feita durante a visita ao canteiro de obras do Lote 6, próximo a Cajazeiras e também durante a visita ao canal Acauã-Araçagi.

Segundo o deputado Jeová Campos, presidente da Frente, em Monteiro foi identificado que a obra que está sendo realizada, que já está com 71% de sua totalidade concluída e deve ficar pronta em setembro de 2016, não contempla a construção de um canal de integração que liga os 3 km que separam a passagem principal da água da transposição ao açude de Pocinhos que abastece Monteiro. “Sem esse canal as águas da transposição simplesmente não chegarão ao açude e, consequentemente, à cidade”, esclarece Jeová, lembrando que Pocinhos está seco e Monteiro está sendo abastecida por Poções que já está em situação crítica.

E essa questão foi colocada em discussão numa reunião dos deputados com a prefeita de Monteiro, Edna Henrique, antes da visita ao canteiro de obras. O deputado Jeová esclarece que essas e outras ações que não estão contempladas nas obras centrais da transposição, a exemplo do canal de 13 km em Cajazeiras, e falta de licitação do Lote 3 do canal Acauã-Araçagi, vão compor um relatório que será entregue ao representante do Ministério da Integração, no dia 17 de abril. “Já identificamos que ações complementares fundamentais para a chegada da água não estão contempladas nas obras principais da transposição. A impressão é de que se preocuparam com a coluna vertebral, mas se esqueceram das artérias que são justamente os canais que levarão água para as cidades”, afirma Jeová.

Segundo o deputado, o caso de Monteiro é mais fácil de ser resolvido, porque a extensão do canal é de apenas 3 km, diferente do caso de Cajazeiras, cuja obra não inclui no projeto principal um canal com extensão de 13 km. Ainda de acordo com o deputado, nos dois casos, a sugestão da Frente é estudar a viabilidade jurídica de realização de um aditivo ao contrato das construtoras que já estão executando a obra principal para que elas também construam esses canais complementares. No caso de Cajazeiras a construtora é a Queiroz Galvão e, em Monteiro, a S.A. Paulista. “Essas empresas já estão com maquinário e pessoal no local. Se formos esperar por uma nova licitação, a solução virá com um atraso de pelo menos uns dois anos”, estima Jeová que considera muito positiva as ações da Frente até agora. “Tudo o que levantamos só foi possível com a visita in loco, com a conversa com a população nas audiências e com os encontros com as lideranças de cada localidade”, destaca ele.


Ações em Pombal

A Frente Parlamentar da Água segue com ações neste sábado (28), em Pombal, onde os deputados começam a agenda de trabalho às 9h, com a realização de uma audiência pública, na Câmara de Vereadores. Depois visitam os açudes dos Carneiros, em Jericó e de Coremas, na cidade do mesmo nome.

Com a assessoria