5 de maio de 2015

Frente Parlamentar da Água debate situação de escassez de recursos hídricos em Patos.






O açude do Jatobá, que também abastece a cidade de Patos, a exemplo de muitos mananciais da Paraíba, encontra-se em situação crítica pela falta de chuvas que sejam capazes de elevar o nível de água destes reservatórios. Com uma capacidade de armazenamento de 17 milhões de m³ de água, o açude de Jatobá está com menos de 20% de sua capacidade e a cidade, que vive um sistema de racionamento em rodízio, precisa do suporte das barragens de Farinha, Capoeira e do sistema adutor de Coremas/Sabugi para seu abastecimento. Essa situação e as saídas para a crise hídrica foram debatidas na noite desta segunda-feira (04), durante a audiência pública promovida pela Frente Parlamentar da Água, da Assembleia Legislativa, na Câmara de Vereadores da Cidade.

Com a presença da prefeita Francisca Mota e outras autoridades locais, a audiência foi coordenada pelo deputado Jeová Campos, presidente da Frente, e pelo deputado Nabor Wanderley, que também integra a Frente, a exemplo do deputado Janduhy Carneiro que também se fez presente. “Já estivemos em várias regiões do estado fazendo um trabalho de levantamento de dados, conhecendo a realidade e as demandas de cada região, vendo in loco as dificuldades, ouvindo a população e tudo o que presenciamos será utilizado para redigir um documento que trará não apenas as questões, mas sugestões da resolução destes problemas identificados por nós e que será encaminhado às autoridades competentes para sua resolutividade”, destacou o deputado Jeová Campos, justificando a importância do trabalho da Frente Parlamentar da Água da ALPB.

Como demandas da cidade de Patos, a população presente solicitou a construção de um novo braço da Transposição do Rio São Francisco, a construção de poços artesianos e a retomada e intensificação do envio de carros pipas para a região do Vale do Piancó. Segundo o deputado Nabor Wanderley, essas solicitações já foram encaminhadas ao secretário de Recursos Hídricos, Infraestrutura, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia da Paraíba, João Azevedo. “Ele nos disse que uma planilha com a solicitação das melhorias já foi enviada ao governo federal”, destacou Nabor.

Para adoção do sistema de racionamento, a cidade de Patos foi dividida em cinco regiões. Cada região, de forma variável, fica um dia com abastecimento e três dias sem água. Se não houvesse esse sistema de rodízio no fornecimento, a cidade já teria entrado em colapso no seu abastecimento. Mais de 60 cidades paraibanas, entre elas Campina Grande, adotaram racionamento de abastecimento para limitar o uso da água. “Estamos vivendo a pior seca dos últimos 50 anos e isso reflete diretamente nos nossos reservatórios, além disso ainda existe a cultura do desperdício. A população precisa se conscientizar de que água é um bem preciso e que devemos usar esse recurso com bastante racionalidade”, argumenta Jeová, lembrando que no próximo dia 08 a Frente Parlamentar da Água vai estar nas cidades de Esperança, pela manhã, e em Picui, à noite. No dia 11, a Frente encerra os trabalhos de coleta de dados em São Bento, às 10h, durante uma audiência pública na Câmara Municipal da cidade.

Da assessoria.