18 de junho de 2015

Plano Emergencial de Enfrentamento da Estiagem da Paraíba terá R$ 133 milhões para investimentos.











As obras e ações de enfrentamento da seca na Paraíba, que incluirão a construção de adutoras, cisternas, barragens, barreiros, perfuração de poços artesianos, ampliação dos serviços de carros-pipa, distribuição de caixas d’água, de forragens para o rebanho, de dessalinizadores e filtros, terão investimentos de R$ 133 milhões, sendo R$ 80 milhões do tesouro estadual e R$ 53 milhões oriundos do Ministério da Integração Nacional.

O deputado estadual Jeová Campos, presidente da Frente Parlamentar da Água da ALPB, elogiou a sensibilidade do governador Ricardo Coutinho em redirecionar recursos próprios para ações de enfrentamento à seca. “Esse esforço do governo de destinar, na atual conjuntura, R$ 80 milhões para obras de enfrentamento dos problemas da estiagem demonstra o quanto o governador Ricardo Coutinho está sensível a esse grave problema que atinge milhares de paraibanos, 25 cidades que estão em colapso total de abastecimento e outros 55 municípios que enfrentam um rigoroso racionamento”, destaca o deputado.

Ao anunciar os investimentos de enfrentamento da seca, o governador Ricardo Coutinho fez referência ao trabalho desenvolvido pela Frente Parlamentar da Água da ALPB, destacando que boa parte das ações definidas pelo governo foram inspiradas no documento da Frente. “Bebemos muito deste relatório que fiz questão de repassar para todos os órgãos estaduais envolvidos com a questão dos recursos hídricos e quero aproveitar a oportunidade para agradecer publicamente por esse trabalho que muito nos ajudou a formular esse plano que acabamos de divulgar”, disse o governador, lembrando que a estiagem é um dos maiores desafios do governo, em função de 80% do território paraibano estar situado no semiárido. O governador disse que tem pressa em desenvolver as ações. “O governo não pode se perder na burocracia. Quero agilidade nesse processo”, disse o governador, pedindo celeridade aos prefeitos na formalização de parcerias com o estado. Ricardo ainda enalteceu a parceria com o governo federal, lembrando que dos 800 km de adutoras que serão construídas na Paraíba, mais da metade só serão viabilizadas graças ao aporte de recursos federais.

O Plano anunciado pelo secretário de Recursos Hídricos, do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia, João Azevedo Filho, prevê a construção de 137 mil km de adutoras que beneficiarão 28 municípios e seis distritos; a ampliação dos serviços de entrega de água com a disponibilidade de mais 175 carros-pipa; a construção das barragens de Desterro, São Vicente do Seridó, Pedra Lavrada e Tenório; a construção de 2430 barragens subterrâneas e de 224 barreiros; a perfuração de 740 poços artesianos; a distribuição de 500 caixas d’água de 10 mil litros cada, de 10 mil filtros e de 15 mil toneladas de forragens para ração animal, entre outras ações.

"Esse conjunto de ações fará a diferença na qualidade de vida das pessoas, no desenvolvimento do estado, enfim, são intervenções necessárias e importantes que expressam claramente a disposição do governo para ajudar os paraibanos a superar esse difícil momento que nosso Estado atravessa”, destaca Jeová, lembrando que essa questão da água não tem cor partidária e que deve ser uma bandeira de luta de todos os políticos paraibanos.

O presidente da ALPB, Adriano Galdino, também falou durante a solenidade, enaltecendo a dívida que a União tem com os estados do Nordeste em relação ao enfrentamento da seca e o prefeito de Itaporanga, professor Aldibergue também se pronunciou, em nome de todos os prefeitos presentes, enaltecendo a sensibilidade do governo estadual no enfrentamento do problema da seca. Muitas autoridades, políticos, secretários e representantes de entidades públicas e privadas também prestigiaram o anúncio do Plano Emergencial de Enfrentamento da Estiagem da PB.

Outras sugestões da Frente

Durante a solenidade, o presidente da Frente Parlamentar da Água, Jeová Campos, ainda sugeriu algumas ações que podem minimizar a questão da problemática da falta de água a curto, médio e longo prazo. Ele sugeriu que a Cagepa faça um estudo de desperdício do uso da água; que o executivo elabore um Projeto de Lei que estabeleça uma tarifação diferenciada para consumidores que desperdicem água ou tenham consumo muito elevado; que o governo federal reverta para os estados recursos oriundos da tributação de PIS/COFINS para que com esses recursos possam ser feitas campanhas educativas do uso de recursos hídricos, além de ações diversas; que a liberação de alvarás para construção de futuras edificações públicas esteja condicionada a apresentação de projetos técnicos de captação de águas da chuva e que seja incluído na grade curricular das escolas públicas uma disciplina sobre Meio Ambiente, onde a questão do uso racional dos recursos hídricos seria trabalhado com as futuras gerações de paraibanos, a fim de formar uma consciência crítica sobre esse tema, estimulando as pessoas a terem outras posturas e condutas em relação ao uso da água.
Assessoria