14 de julho de 2015

Frente Parlamentar da Água da ALPB vai solicitar dos órgãos competentes suspensão da irrigação feita pela empresa Santana.


O presidente da Frente Parlamentar da Água da ALPB, deputado Jeová Campos (PSB) atendendo apelos de vários deputados e de produtores rurais da área das Várzeas de Sousa que estão proibidos de utilizar água para irrigação de suas culturas, vai solicitar da ANA e da AESA uma rigorosa fiscalização naquela localidade. A intenção é proibir a prática da utilização das águas do complexo Coremas/Mãe D’Água pela empresa Santana que, segundo denúncias feitas na manhã desta terça-feira (14) por vários deputados, estaria mantendo a irrigação em sua plantação de capim, inclusive com a manutenção permanente de nove pivôs. Durante a sessão plenária de hoje, os deputados que integram a Frente Parlamentar da Água decidiram que irão, no próximo dia 24, ver in loco a situação.

“Vou solicitar, antes mesmo de ver in loco, em regime de urgência uma fiscalização naquela área para coibir essa prática inconsequente de utilização das águas de Coremas/Mãe D’Água para irrigação de capim. Vamos até convocar os órgãos competentes para nos acompanhar nesta visita”, disse Jeová. Segundo ele, a irrigação está proibida ao longo do curso do Rio Piranhas até chegar em Caicó e essa determinação também vale para o complexo Coremas/Mãe D’Água. “Os agricultores daquela localidade estão colhendo e não podem mais fazer o replantio e por isso não há sentido algum a Santana continuar usando as águas do complexo, que é nosso único reservatório disponível, com essa finalidade. Não há justificativa para tal atitude, a água só pode ser usada para consumo humano e animal. A irrigação da Santana precisa ser proibida porque não há sentido a utilização da pouca água de Mãe D’Água para irrigação”, afirma Jeová.

O presidente da Frente Parlamentar da Água da ALPB lembra que o complexo Coremas/Mãe D’Água é o único reservatório com água armazenada que existe no trecho entre Campina Grande até Cajazeiras e que precisa ser preservado com austeridade. “Quem nos garante que haverá incremento de reserva de água para o ano, que as chuvas suprirão o atual déficit hídrico e reforçarão o complexo. Se permitirmos um absurdo desse, muitas cidades poderão ficar sem água muito em breve?”, questiona o deputado.

Segundo pronunciamentos do deputado Janduhy Carneiro, a empresa Santana estaria usando nove pivôs de maneira permanente em sua plantação. “Essa informação me chegou pelos produtores daquela localidade que estão revoltados com esse tratamento desigual e com a destinação da água para o capim da Santana”, disse o parlamentar. Os deputados Renato Gadelha e Anísio Maia também se pronunciaram sobre o assunto e se mostraram solidários aos produtores prejudicados e favoráveis a interrupção imediata da irrigação pela empresa Santana.