O delegado que investiga o “crime do Papa Mel” já está com os laudos da perícia forense e do IML. Em entrevista à imprensa nesta quinta-feira (26), ele revelou alguns detalhes dos laudos cadavérico e técnico. O principal deles é que, segundo a perícia, provavelmente o crime foi cometido por mais de uma pessoa. O outro ponto importante é que os indícios mostram que houve luta corporal antes da morte das vítimas.
“Até pelas circunstâncias desse homicídio, a gente verifica que dificilmente uma pessoa só teria condições de ter cometido o crime, até porque houve uma luta dentro desse quarto e também pela forma que os corpos foram encontrados”, disse o delegado Braz Morroni.
A polícia mantém a linha de investigação baseada na grande probabilidade de o crime ter sido praticado por pessoas que tinham intimidade com a família, ou seja, parentes ou amigos próximos, já que a casa não havia sido arrombada, além de outros indícios percebidos pela perícia forense. “Se não tinha uma relação próxima, mas pelo menos tinha conhecimento da rotina das vítimas. Isso a gente tem a convicção”, ponderou o delegado.
Braz Morroni afirmou que solucionar o crime é uma questão de tempo e que a polícia está priorizando esse caso. “Agora com a chegada dos laudos e outras diligências paralelas que estamos tomando, possivelmente a gente têm novidades e a resolução desse caso.”
Conhecido como “crime do Papa Mel”, o assassinato de dona Maria Berenice de Sá, de 54 anos, e seu filho Rafael, de 22 anos, ocorrido na noite do dia 19 de setembro deste ano, chocou a sociedade. Eles foram encontrados mortos dentro da casa onde residiam no sítio Papa Mel, zona rural de Cajazeiras. Os corpos estavam em cima de uma cama, amarrados e cobertos com lençóis. Da residência foram levados um aparelho celular e uma moto.
Com o CZN
