9 de dezembro de 2015

Em carta, Ricardo Coutinho chama processo de impeachment contra Dilma de ‘ato chantagista’.



O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), se posicionou nesta quinta-feira (3), por meio de uma rede social, em relação à abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

“É um ato chantagista, ao qual as instituições e a sociedade civil precisam responder. O povo não merece isso e ao Poder Legislativo não convém ser presidido por alguém movido pelo ódio”, disse, se referindo ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O chefe do executivo estadual na Paraíba reconheceu que o país passa por um período com inflação, desemprego e recessão, mas explicou que tem cobrado empenho para a mudança do Governo Federal.

“O Brasil precisa de estabilidade, não de ameaças e chantagens. Reafirmo aqui o que tenho dito a respeito de momento tão grave para todos nós, manifesto a crença no bom funcionamento das instituições democráticas e renovo a convicção de que nosso país é muito maior do que fazem crer os interesses pessoais e a prática política do deputado Eduardo Cunha”, declarou.

Veja a carta de Ricardo Coutinho na íntegra:

Quem acompanha o que tenho dito em entrevistas e pronunciamentos ao longo dos últimos meses conhece minhas posições sobre o que nosso país está vivendo. E sabe que a inflação, o desemprego e a recessão não se transformaram em motivo de desânimo nem paralisia para a Paraíba, apesar das terríveis dificuldades. O Governo segue trabalhando em benefício da população, a maior vítima da atual crise econômica. Tenho cobrado do Governo Federal empenho para mudar a agenda do país, olhar para a frente, apresentar razões para a população ter esperança em um futuro melhor. Digo sempre que o Brasil já passou por situações gravíssimas em um passado recente e que, nessas situações, a sociedade soube responder positivamente aos desafios propostos pela realidade. E defendo que as mudanças podem e devem se dar em um ambiente político e social de respeito à democracia.

A decisão do presidente da Câmara dos Deputados de aceitar abertura do processo de impeachment da presidente Dilma aponta em sentido contrário. É um ato chantagista, ao qual as instituições e a sociedade civil precisam responder. O povo não merece isso e ao Poder Legislativo não convém ser presidido por alguém movido pelo ódio. A democracia brasileira, tão jovem e tão duramente conquistada, não pode ser refém de chantagem de qualquer natureza. O Brasil precisa de estabilidade, não de ameaças e chantagens.

Reafirmo aqui o que tenho dito a respeito de momento tão grave para todos nós, manifesto a crença no bom funcionamento das instituições democráticas e renovo a convicção de que nosso país é muito maior do que fazem crer os interesses pessoais e a prática política do deputado Eduardo Cunha.

Do G1 PB