25 de maio de 2016

Jucá prestou um serviço a história afirma Jeová Campos sobre conteúdo das gravações reveladas que confirmam o objetivo do golpe



A escuta telefônica que captou o diálogo em que ex-ministro do Planejamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR), fala que é preciso trocar o governo para estancar a sangria da Lava-Jato, segundo o deputado estadual Jeová Campos (PSB) foi uma confissão da armação do golpe contra a democracia que culminou com o afastamento temporário da presidente Dilma Rousseff. “Jucá prestou um serviço à história pois ele revelou para o mundo como a sua tropa (Eduardo Cunha e Michel Temer) junto com os aliados (Aécio Neves, José Serra e Aluízio Nunes), tramaram o golpe e feriram de morte a democracia brasileira”, afirmou o parlamentar.

Ainda de acordo com Jeová, os diálogos revelados através da ligação telefônica de Jucá com Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, revelam que os golpistas ficaram sem discurso. “Agora, ficou mais que provado e é de domínio público o propósito dos golpistas que querem impedir que a Lava-Jato investigue os crimes praticados pelos integrantes deste grupo político. As falas são muito objetivas e claras neste sentido. Eles estão nus agora”, afirma o deputado.

A ligação em questão foi interceptada em março, está de posse da Procuradoria-Geral da República (PGR) e foi divulgada ontem (23) pelo jornal Folha de São Paulo. No áudio, Machado e Jucá que são investigados pela Operação Lava-Jato, concordam com a necessidade de uma ação política e que um eventual governo Michel Temer deveria construir um pacto nacional com o Supremo Tribunal Federal e outros organismos. O propósito seria parar as investigações onde estavam.

A expectativa agora, segundo Jeová, diante dos fatos revelados e das atuais circunstâncias, o que se espera, no mínimo, é que o STF haja da mesma forma com esse Juca como agiu com o ex-senador Delcídio do Amaral. “A decretação da prisão, a instauração de processo e a cassação do mandato e a consequente expulsão do parlamento deve ser o caminho de Romero Jucá, assim como fizeram com o Delcídio”, afirma Jeová.

O deputado lembra que também espera que a mídia, que financiou e estimulou o golpe, divulgue não apenas a gravação entre Jucá e Machado e os estragos do golpe, mas também a lista da Odebrecht. “A partir daí o povo saberá quem está com a verdade e quem, de fato, defende a democracia”, finaliza o parlamentar. 

Assessoria