11 de junho de 2016

Funcionários do INSS e representantes do MST protestam contra mudanças na regra de indexação do salário mínimo



Sob o pretexto de ter que fazer um ajuste fiscal para o equilíbrio das contas públicas, o governo interino de Michel Temer propôs mudanças diversas na economia. Entre elas, alterações na desvinculação do salário mínimo. Para protestar contra essa proposta, que prejudica aposentados, trabalhadores rurais entre outras categorias, funcionários e representantes do Movimento dos Sem Terra (MST) ocuparam, na manhã desta sexta-feira (10), o prédio do INSS, no Centro de João Pessoa. A ocupação foi pacífica e contou com a solidariedade do deputado estadual Jeová Campos (PSB) que passava pela localidade e apoiou a ação.

“Esse governo golpista está defendendo o fim das vinculações constitucionais e indexações obrigatórias de valores em relação ao salário mínimo, além da desvinculação dos benefícios da Previdência do método de reajuste do salário mínimo, o que prejudicará milhares de trabalhadores e aposentados que hoje tem a garantia de ter seus reajustes anuais, com ganho real mesmo quando a economia está em recessão”, argumenta Jeová, lembrando que a fórmula atual, em vigor até 2019, leva em conta a inflação do ano anterior e o crescimento do Produto Interno Bruto de dois anos atrás. “Com essa mudança proposta por esse governo interino a classe trabalhadora sairá perdendo e mais uma vez a Constituição de 1988 será rasgada”, enalteceu o deputado.

Ainda segundo Jeová, a criação do salário de referência, como sugere a equipe econômica de Temer, também prejudicará trabalhadores rurais aposentados e os beneficiados da assistência social, ou seja, os deficientes e maiores de 65 anos.

Eliane Sobral