13 de agosto de 2016

Somente a contratação em caráter emergencial de uma empresa para substituir a Mendes Júnior garantirá a conclusão da transposição em 2017

Presidente da Frente Parlamentar da Água da ALPB, Jeová Campos diz que
acórdão do TCU não orientou Ministério, apenas deu o aval para decisão

Exibindo Deputado Jeová Campos afirma que a contratação de uma empresa em carater emergencial pode dar andamento a obra sem comprometer sua conclusão.jpg


Depois de fazer uma leitura mais aprofundada das mais de 60 páginas do acórdão do Tribunal de Conta da União (TCU), que em decisão anunciada essa semana deu parecer favorável para que o Ministério da Integração Nacional adote a medida mais adequada para garantir que as obras do Projeto da Transposição do Rio São Francisco não sofram descontinuidade, o presidente da Frente Parlamentar da Água da ALPB, deputado Jeová Campos, afirmou que o parecer do TCU não orientou o Ministério sobre como proceder ou o que fazer diante do abandono da obra pela construtora Mendes Júnior Trading S.A. “O TCU lavou as mãos nesse caso e disse que cabe ao Ministério resolver. Eu penso que o TCU deveria ter, pelo menos, afirmado assim ‘Oriento que deveria ser feito a contratação em caráter emergencial de outra empresa para que a obra não paralise’. Isso daria outra dinâmica na resolução imediata do problema”, afirma Jeová.

Ainda de acordo com o parlamentar paraibano, apenas a contratação em caráter emergencial de uma das empresas que já estão trabalhando na obra, no Eixo Norte, garantiria a continuidade dos serviços sem comprometer o último cronograma divulgado, que estabelecia a entregada obra para o início de 2017. “A única saída possível para que as obras não sofram uma interrupção de, pelo menos, uns seis meses, é a realização de um aditivo ao contrato, para contratação em caráter emergencial, de uma das duas empresas que já estão mobilizadas no Eixo Norte que são a Queiroz Galvão e a Serveng Engenharia, caso contrário a obra sofrerá um atraso significativo e muitas cidades, inclusive, da Paraíba que precisam da água da transposição a partir de abril entrarão em colapso total, a exemplo de Cajazeiras”, destacou o deputado.

Segundo Jeová, no acórdão o TCU também se posiciona contra a mobilização do Exército para execução da obra no trecho abandonado pela Mendes Júnior, uma vez que analisa que a instituição também teria problemas para executar o serviço. “Tanto a Queiroz Galvão, como a Sorveng já estão mobilizadas no local, com equipamentos e material humano, são habilitadas no Ministério e vêm cumprindo rigorosamente os contratos e podem assumir os serviços imediatamente, sem comprometimento do cronograma”, afirma o parlamentar, que no próximo dia 27 realiza um grande encontro, em Cajazeiras, denominado ‘Grito das Águas’, para aprofundar essas e outras questões ligadas à Transposição. “A bancada da Paraíba, tanto dos senadores, quanto dos deputados federais, serão convocadas a participar do encontro e se mobilizar na busca de soluções, as dos demais estados nordestinos serão convidadas a se integrarem as discussões”, questiona Jeová.

Para ele, “os burocratas que estão em Brasília, nos gabinetes alcatifados, não sabem o que é sede, o que é andar com uma lata de água na cabeça, não sabem o que é beber uma água barrenta, eles vivem em outro mundo, ai eu pergunto se esse abandono pela Mendes Júnior acontecesse numa obra no Sudeste, os parlamentares de lá se mobilizariam imediatamente, como aconteceu no caso de Cantareira e os nossos representantes políticos vão ficar inertes, de braços cruzados, diante da gravidade da situação”, provoca o presidente da Frente.

Assessoria