5 de julho de 2021

Polícia investiga caso de grávida de 8 meses encontrada morta sem o bebê no ventre.


O laudo cadavérico da manicure Thaysa Campos dos Santos, de 23 anos, revela que existe outro mistério além da autoria ainda desconhecida do assassinato da jovem, que estava grávida de oito meses e foi encontrada morta, em setembro de 2020, em um córrego ao lado da linha férrea, em Deodoro, na Zona Norte do Rio. Segundo o documento, ao qual o EXTRA teve acesso com exclusividade, o bebê que ela esperava não foi encontrado no ventre da jovem, no exame feito por legistas no Instituto Médico-Legal, no Centro do Rio.

A perícia realizada no corpo também não localizou vestígios de placenta, ou cortes na barriga, que pudessem indicar a retirada do feto por ato cirúrgico. Mas o documento deixa claro que a manicure deu à luz. O laudo, no entanto, não indica se isso ocorreu quando Thaysa ainda estava viva ou já depois de ter sido assassinada.

Separada do pai de seu casal de filhos, Thaysa esperava mais uma menina, com previsão de nascimento para outubro de 2020, fruto de um relacionamento com um homem casado. Inicialmente investigado pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), o caso foi transferido para Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).

A manicure desapareceu, na noite do dia 3 de setembro. Seu corpo foi encontrado no dia 10, já em estado de putrefação. Parentes e policiais que participaram da ação não encontraram vestígios do feto no local onde Thaysa foi abandonada sem vida.

Para Nelson Massini, professor de medicina legal da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), que analisou o laudo cadavérico a pedido do EXTRA, o mais provável é que o bebê tenha sido sequestrado:

— O mais próximo do possível é que o feto foi levado e tenha nascido vivo.

A hipótese considera que o exame do IML não encontrou placenta ou vestígios do feto no ventre da jovem, o que, segundo Messini, aumentaria a probabilidade de ter havido o nascimento. Assim, Thasysa pode ter entrado em trabalho de parto durante o assassinato, ainda com vida.

Fonte: Paraíba em minuto