Em entrevista exclusiva, o delegado Seccional da Polícia Civil de Cajazeiras, George Wellington explicou os motivos de não deixar preso o acusado de esfaquear e queimar vivo o jovem Roberto dos Santos Pereira, 32 anos, caso ocorrido nesse sábado (04).
De acordo com as explicações da autoridade policial, o acusado, identificado por Henrique de Amâncio foi apresentado, coincidentemente após o plantão do delegado que estava acompanhando o caso, Dr. Braz.
Segundo George Wellington, a polícia procedeu com a procura do acusado, mas não conseguiu dar o flagrante de que trata a lei e o delegado Miroslavo fez a outiva do depoimento, onde o suspeito confessou o crime e alegou legítima defesa.
“Ele não poderia ser preso porque tinha expirado o flagrante e se apresentou espontaneamente. Agimos como manda a lei. O fato foi grave e causou comoção pública, mas agimos como conforme a lei”.
Prisão preventiva
O delegado seccional assegurou que o caso não caberia a prisão preventiva do acusado no momento que se apresentou à polícia. “O delegado só vai pedir prisão de alguém se tiver elementos. A prisão não pode ser pedida baseada em elementos frágeis. O vídeo da vítima dizendo o nome do suspeito não é elemento forte de prova”.
Entenda o caso
O jovem Roberto dos Santos Pereira, 32 anos, foi assassinado com golpes de faca e teve seu corpo totalmente queimado em Cajazeiras. O crime ocorreu na própria residência da vítima onde ele e o acusado estariam bebendo nesse sábado (04).
Segundo relatos de testemunhas, os vizinhos escutaram gritos de socorro e fumaça vindo do interior da residência da vítima. De imediato, a polícia foi acionada e ao chegar ao local se deparou com Roberto esfaqueado e em chamas. A primeira ação dos policiais foi apagar o fogo enquanto uma equipe do SAMU chegava pra socorrer o jovem até o Hospital Regional de Cajazeiras.
adaptado com o diariodosertão.