Após o assassinato de Marcos Aleijado na noite dessa terça-feira (10), uma onda de pânico tomou conta de Cajazeiras, principalmente na zona norte, onde o crime aconteceu. Escolas e universidades foram advertidas de que a Polícia Militar havia acionado uma espécie de toque de recolher, solicitando que as instituições liberassem seus alunos mais cedo temendo retaliações de bandidos ligados à vítima. O clima de medo se espalhou e o encerramento das aulas foi antecipado. Porém, tudo não passou de uma brincadeira de mau gosto, segundo o comandante da PM de Cajazeiras, coronel Enéas Cunha.
A brincadeira fez com que a polícia mobilizasse um forte esquema de segurança nas imediações das escolas e universidades, e a presença dos militares gerou ainda mais especulações e aumentou o medo. Coronel Cunha afirmou que o boato se espalhou pelas redes sociais e ele condenou com veemência a atitude.
“Preocupado com essa brincadeira de péssimo gosto, a Polícia Militar lançou mão de todo o efetivo possível, realizamos cerca de três pontos de bloqueios e simultaneamente guarnições realizando ações preventivas e de abordagem para conter qualquer tipo de ânimo que por ventura viesse a se mobilizar em função dessas ideias que a população, de maneira errônea, estava utilizando nas redes sociais”, explicou.
A informação do suposto toque de recolher chegou a outros estados vizinhos onde moram muitos dos alunos que estudam em Cajazeiras. Para o comandante da PM, brincadeiras como essa deixam uma impressão errônea da cidade nos visitantes. “Foi uma verdadeira brincadeira de mau gosto. Inclusive se propagou até para fora do estado. Ficaram pensando que Cajazeiras tinha virado um pandemônio, o que não é verdade”, lamentou.
Apesar de afirmar que não há motivos para pânico, Cunha decidiu aumentar a segurança durante o velório de Marcos Aleijado. “A cidade dormiu tranquila. A Polícia Militar permanece realizando esse trabalho de maneira mais intensificada, até para garantir que a família do falecido venha a velar o seu corpo com tranquilidade.”
Sobre as investigações, ele disse que a princípio as polícias trabalham com a hipótese de acerto de contas por causa do tráfico de drogas. “As poucas informações que chegaram a gente procurou averiguar, e outras informações só dizem respeito ao trabalho de investigação da Polícia Civil. A linha de investigação das polícias é essa mesmo: a ligação com o tráfico de drogas.”
Informações dão conta de que, temendo ataques a inocentes,alguns bares fecharam,pessoas se recolheram para suas residencias,grupos de indivíduos em praças,bares foram revistados pela policia resguardando a segurança e a ordem,em uma noite bastante movimentada em Cajazeiras.
redação com Jota França
fotos:Cavalcante
