Especialistas estão sempre alertando para os riscos de se fazer dietas que alteram radicalmente a alimentação sem ter o devido acompanhamento nutricional. Essa combinação perigosa pode trazer complicações piores do que o excesso de peso. Mas ainda assim, mesmo sabendo dos riscos, a maioria das pessoas insiste em passar por severas restrições alimentares e tomar remédios sem antes se submeter a importantes baterias de exames e ser assistida constantemente por um profissional de nutrição.
Os casos mais graves infelizmente acabam terminando em tragédia.
Foi o que aconteceu na cidade de Carrapateira, no Alto Sertão paraibano, onde a família de Francisca Batista de Araújo, de 34 anos, foi surpreendida com sua morte prematura nesta sexta-feira (03).
Francisca faleceu após complicações no seu estado de saúde motivadas por uma dieta alimentar para emagrecer. A mulher tinha diabetes e não sabia. Por conta do regime, ela ficou sem se alimentar corretamente e a doença se agravou.
Na última segunda-feira, Francisca passou mal e foi levada às pressas para o Hospital Regional de Cajazeiras (HRC), onde ficou na UTI, mas acabou não resistindo. O sepultamento ocorrerá neste sábado, às 17h, no cemitério da cidade de Carrapateira.
Francisca era sobrinha do presidente da Câmara Municipal de Carrapateira, vereador José Batista de Araújo (Moacir – PV). Ela deixou três filhas, uma bebê de um ano e seis meses, uma de seis anos e outra de 14 anos.
Os riscos
Muitos são os perigos envolvidos em dietas. Antes de dar início a uma é fundamental consultar um(a) médico(a), um(a) nutricionista e conversar direitinho sobre os objetivos e consequências. Dietas com consumo excessivo de proteína, por exemplo, pode levar a uma sobrecarga hepática ou renal. Quadros patológicos – como foi o caso de Francisca, que tinha diabetes – também ficam agravados. Quando uma pessoa com insuficiência renal, por exemplo, se submete a uma dieta restrita a líquidos. É preciso ter muito cuidado com estas medidas urgentes.
Diario do Sertão