A decisão da Executiva Nacional do PSB, tomada no último sábado (20), de apoiar a renúncia do presidente Michel Temer, de referendar a iniciativa do presidente nacional do Partido, Carlos Siqueira, de subscrever pedido de impeachment do presidente e ainda fechar questão em apoio a uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que prevê eleições diretas em caso de vacância do cargo de presidente da República, na opinião do deputado estadual Jeová Campos (PSB), recoloca o partido ao lado do povo e à essência de sua origem socialista, democrática e republicana.
Para o parlamentar que, a exemplo de outros membros do PSB, vinha discordando das posições do Partido em relação à manutenção de apoio ao atual governo federal, essa decisão foi recebida com um misto de alívio e orgulho. “Confesso que não me sentia à vontade, nem feliz de ver o meu partido apoiando e fazendo parte de um governo que assumiu o poder a partir de um golpe na democracia brasileira. Com essa decisão de não apenas deixar de apoiar o governo, mas de levar a cabo questões importantes, tais como, defender o impeachment de Temer e, sobretudo, eleições diretas em caso da renúncia do presidente ou vacância do cargo por qualquer outro motivo, o PSB volta a desempenhar o papel que, de fato, lhe cabe na história republicana do Brasil”, destaca Jeová.
Ainda segundo o deputado, a melhor saída para o país, na atual conjuntura, seria a convocação de eleições diretas. “O Brasil precisa encontrar um novo caminho e só há uma forma de isso acontecer, verdadeiramente, que é deixando o cidadão, o eleitor decidir quem deve governar este país, através de eleições gerais no país”, argumenta Jeová.