5 de novembro de 2017

Oito cidades das regiões de Sousa e Cajazeiras podem entrar em colapso total de água até dezembro


A Barragem Capivara, Sertão da Paraíba chegou aos 2,15% de sua capacidade total que é de 37.549.827 metros cúbicos de água, o que representa 805.577 mil metros cúbicos de água restantes, segundo a Agência Executiva de Gestão das Águas nessa sexta-feira (3). O manancial está praticamente seco, e segundo as previsões, oito cidades das regiões de Cajazeiras e Sousa devem ficar sem água em suas torneiras até o final deste ano.

No caso, Uiraúna, Poço Dantas, Joca Claudino e Poço José de Moura, na região de Cajazeiras, além de Vieirópolis, São Francisco, Santa Cruz e Lastro, na região de Sousa. Serão 20.273 habitantes residentes nessas cidades que ficarão sem água nas torneiras. Em 2009 e 2010 a Barragem Capivara chegou a sangrar.

Cada dia que passa a população do Alto Sertão paraibano ver o drama da falta de água aumentar. Os grandes mananciais que mantém que mantém o abastecimento humano em cidades e zonas rurais estão à beira do colapso. É mais um problema para os gestores públicos municipais que enfrentam uma greve crise financeira.

Faz parte desse drama atual os municípios abastecidos pela Barragem de Capivara que tem hoje um restinho de água apenas. São quase dez cidades que precisam dessa água sem contar com as comunidades rurais que enfrentam a escassez terrível para atravessar esse restante de ano. Faltam dois meses e não há certeza se a água de Capivara terá como abastecer os municípios até a chegada do próximo inverno, cujas concentrações maiores de chuvas são entre fevereiro e abril.

Além das oito cidades abastecidas pela barragem, outras esperam que ela tome água para também abastecer Bernardino Batista, que terá sua rede de distribuição construída, e Triunfo que também está recebendo adutora do manancial.

Atualmente as reclamações são muitas. Várias comunidades abastecidas pelas águas levada a Barragem Capivara dizem que o líquido já não está chegando mais. Na região de Sousa, municípios como Vieirópolis, Santa Cruz,São Francisco e Lastro são exemplos dessa falta de água. Até mesmo em alguns bairros de Uiraúna a água está chegando com dificuldade.

Algumas pessoas estão abastecendo suas residências com a água comprada em carros particulares, já que além da falta, a população reclama da qualidade do líquido que está chegando nas torneiras. A região do semiárido nordestino está há mais de seis anos com invernos irregulares e chuvas mal distribuídas, além de abaixo da média.

Gazeta do Alto Piranhas