Frear a propagação das fake news e identificar os responsáveis pela criação destes conteúdos criminosos que anunciam supostos ataques a escolas na Paraíba são os objetivos da Secretaria da Segurança e da Defesa Social (Sesds) por meio de uma interação com a Secretaria da Educação do Estado. Os temas foram discutidos durante uma reunião realizada na tarde desta terça-feira (11) na Sesds. O secretário de Segurança, Jean Nunes, e o secretário da Educação, Roberto Souza, junto com representantes das Forças de Segurança, definiram estratégias para combater as notícias falsas e manter a segurança nas unidades de ensino da Paraíba.
“Tendo em vista os últimos acontecimentos de ameaças, com fake news sobre ataques nas escolas de todo o país, faz-se necessário que tenhamos uma ação intersetorial que envolve as duas pastas, traçando as estratégias de prevenção a esse tipo de acontecimentos que vem ocorrendo em outros Estados. A Paraíba tem um corpo de segurança muito qualificado atuando com inteligência, e que inclusive já conseguiu coibir em tempo recorde ações de pessoas que estavam ameaçando as escolas. Estamos preparados graças a essa atuação eficaz dos órgãos de Segurança”, disse o secretário de Educação.
E para manter esta segurança dentro e fora das escolas, o secretário Jean Nunes afirmou que esta interação é fundamental. “Aumentamos esta rede de comunicação para monitorar e acompanhar eventuais ataques ou ameaças, por isto este chamamento. Tratamos com a Secretaria de Educação, no sentido de aumentar este leque e interagir com mais velocidade. Isto já vem sendo feito, mas procuramos ainda mais agora ter uma preocupação diferenciada com os alunos e com os profissionais de educação, gestores e professores. É necessário um canal de denúncias mais rápido e demonstrar para a Secretaria de Educação o que as forças de Segurança com o Gaeco vêm fazendo aqui no Estado”, explicou.
Força Tarefa - A Secretaria da Segurança e da Defesa Social da Paraíba (Sesds) criou uma força-tarefa com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público e órgãos operativos da pasta (Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros Militar) para monitorar e combater, de maneira integrada, qualquer tipo de ameaça ou violência no âmbito das instituições de ensino do Estado.
Para isso, o Sistema de Inteligência Estadual tem agido com outras agências de Inteligência do Brasil, Ministério da Justiça e da Segurança Pública e empresas que gerenciam redes sociais no país, com o objetivo de obter informações que contribuem para esse trabalho.
Ao mesmo tempo, estão sendo realizadas rondas e policiamento preventivo no perímetro de unidades de educação, assim como operações de repressão qualificada, a exemplo da Operação Guardião, ocorrida na manhã desta terça-feira (11), em Campina Grande, em uma ação conjunta da Polícia Civil da Paraíba com Gaeco, quando foi cumprido um mandado de busca e apreensão na residência de um adolescente, a fim de prevenir possíveis infrações ou crimes, bem como apurar as condutas de investigados em relação a uma suposta intenção em atacar alunos de uma escola.
Com o monitoramento de redes sociais, já foram identificados e encaminhados para delegacias competentes suspeitos de praticarem ameaças e atos semelhantes a terrorismo.
As denúncias sobre disseminação de fake news, ameaças e violência nas escolas devem ser realizadas pela população por meio dos números 190 e 197. Ambos os serviços são gratuitos e funcionam 24h.
Adaptado com o resenhapolitika