Estamos com uma epidemia de dengue que provavelmente será uma das maiores que já vivemos. Estas epidemias têm sido tão comuns que muitos não dão a atenção necessária. Entretanto o aumento de casos de arbovirose observado esse ano não ocorre somente pela dengue.
Comparadas com as quatro primeiras semanas de 2023, esse ano houve um aumento de casos de infecção pelo vírus da chikungunya (CHIKV) de 123% no estado de São Paulo, e de 200% no Rio de Janeiro.
O maior número de casos do Brasil vem ocorrendo em Minas Gerais, com mais de 22 mil casos notificados e incidência de 110 casos de chikungunya por 100 mil habitantes.
Para complicar, o Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, é o mesmo da chikungunya e pode transmitir vários outros vírus causadores de doenças graves para os seres humanos, como a febre amarela e, a zika, causada pelo zika vírus (ZIKV).
Essas enfermidades, conhecidas como arboviroses, representam um sério problema de saúde pública em várias regiões tropicais e subtropicais ao redor do mundo.
O primeiro problema para o enfrentamento da dengue é que há vários subtipos do vírus. Os subtipos da DENV são denominados de sorotipos e são classificados em quatro tipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4.
A importância dos subtipos de vírus da dengue está relacionada à capacidade de causar diferentes manifestações clínicas da doença e ao potencial de reinfecção. A presença de múltiplos sorotipos dificulta o desenvolvimento de uma vacina eficaz contra a dengue, pois é necessário estimular uma resposta imunológica equilibrada contra cada sorotipo.
O monitoramento contínuo da circulação dos sorotipos é essencial para melhorar as intervenções de saúde pública e reduzir o impacto da dengue nas comunidades afetadas.
Os sintomas da dengue são semelhantes aos de outras arboviroses e incluem febre alta, intensas dores musculares e nas articulações, dor de cabeça, cansaço e erupção cutânea.